terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como nosso corpo funciona: as células e o metabolismo

Para entendermos como nosso corpo, nossos órgãos e nossos sistemas funcionam, é preciso entender de quê ele é feito.

Somos feitos de células. Um monte delas. Cada uma com uma função específica, como se nosso corpo fosse uma grande cidade e cada região fosse responsável por um tipo de trabalho com o objetivo de manter a cidade funcionando: uma região recebe a comida, outra o ar para respirar, outra deve descartar o lixo, outras devem - como estradas - distribuir os alimentos  para todos e recolher o lixo de todos, outra deve governar para que todas as funções trabalhem em harmonia, e assim por diante.

Cada comunidade responsável por um trabalho é formada por essas pequenas células, que são os trabalhadores especializados.

Esquema de uma célula
As células são pequenas estruturas vivas que, quando ainda estamos sendo formados, dentro da barriga de nossas mães, vão se especializando de acordo com a região do corpo onde terão que trabalhar. Como ir à universidade.

Esquema retirado da internet que mostra que nosso corpo se inicia com a nossa célula inicial (ovo), que vai se dividindo e se especializando
Para se manterem vivas e com energia para o trabalho duro, as células precisam respirar e receber energia, que vem através dos nutrientes que nós comemos. Dependendo do trabalho que realizam, precisam de nutrientes específicos. Por isso é tão importante termos uma alimentação variada e saudável.
Então, na verdade, nós somos um bolo de células e respiramos e comemos para sustentá-las. Mas são elas que nos mantém vivos e pensantes. Por isso temos que honrar essa responsabilidade. Elas que fazem com que consigamos nos movimentar e pensar.
Se elas não recebem alimentos de boa qualidade e água em abundância, elas ficam capengas e incapazes de realizar um bom trabalho, assim como nós. Se um pequeno grupo dessas pequenas trabalhadoras tem seu trabalho comprometido por algum motivo, nosso corpo sofrerá e poderá morrer.

Essa trabalheira toda que acontece dentro de nós e mantém nosso corpo funcionando é chamada de metabolismo.

Para que o metabolismo ocorra bem, dependemos de uma série de fatores, basicamente:
·         oxigênio, para as células respirarem (entenda mais sobre a respiração)
·         nutrientes, para as células terem energia para um dia cheio de trabalho (entenda mais sobre a digestão)
·         estradas em boas condições, para que o oxigênio e os nutrientes possam chegar sem atrasos e em todas as regiões (entenda mais sobre a circulação)
·         eficiente sistema de coleta de lixo (isso também depende das estradas), para que elas não sejam sufocadas e intoxicadas pelos resíduos tóxicos
·         um governo bem organizado para comandar de forma firme e coerente as comunidades trabalhadoras, sempre pensando no bem estar geral e no bom funcionamento do corpo como um todo
·         um bom sistema de defesa, capaz de conter inimigos invasores e também combater células que venham a se rebelar contra o corpo
Esquema retirado da internet que mostra de forma simples a "cidade" do nosso corpo: a captação e distribuição dos nutrientes e oxigênio para as células trabalhadoras e a coleta dos resíduos do trabalho

Esse blog explicará de forma simples como cada fator desses é importante, o que podemos fazer para ajudar nossas pequenas companheiras e como ocorrem os principais problemas, as doenças. Entendendo isso saberemos que poderemos evitar uma série delas.

Para dúvidas ou sugestões, deixe um comentário abaixo.

Para ver as células em imagens, assista o vídeo sugerido abaixo, clicando nele!


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desvendando as especialidades médicas... O que um nefrologista faz, mesmo???

Coloco abaixo a relação das especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM Nº 1.973/2011) e tento explicá-las de forma bem básica e simples.
 Acupuntura
  • é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa que utiliza a aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo como forma de tratamento.
Alergia e Imunologia
  • o alergologista (ou "alergista", como é chamado) trata dos processos alérgicos em geral, como rinites, asma, hipersensibilidade a produtos químicos, alimentos, etc.
Anestesiologia
  • o anestesiologista, ou anestesista, é especialista em dor. Numa cirurgia ele é responsável pela sedação do paciente (por fazê-lo dormir ou não) e pela aplicação dos medicamentos que diminuem a sensibilidade à dor. Numa consulta pré anestésica, antes de uma cirurgia, é importante que o anestesista tenha conhecimento de todas as doenças e alergias apresentadas por você e seus familiares próximos. Há anestesiologistas que também atendem em clínicas especializadas em tratamento de dores crônicas, as chamadas clínicas de dor.
Angiologia
  • os angiologistas são especialistas nos vasos sanguíneos (artérias e veias) e linfáticos. Eles tratam as doenças de forma clínica (isto é, sem intervenção cirúrgica), como por exemplo varizes, pé diabético (sim, esse é um problema dos pequeninos vasos do pé), erisipelas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Qual médico devo procurar???


Resolvi começar com esse tema porque muita (mas muuuuuita) gente não sabe a quem recorrer quando aparece uma dorzinha aqui ou ali.
Meu pai já dizia: "Vocês, médicos, estão ficando tão especialistas que nós, pacientes, já temos que saber que a nossa dor na barriga, por exemplo, vem do estômago e não dos intestinos,  ou do fígado, ou sei lá, pra sabermos  qual especialidade procurar..."
Humm, não é bem assim...
O sistema de saúde no Brasil é hierarquizado, isto é, a rede de atendimento é dividida em diferentes níveis de complexidade:
  • o primeiro nível  é justamente a "porta de entrada" dos pacientes. No sistema público - SUS - é representado pelas Unidades Básicas de Saúde (os "Postinhos"), pelas Unidades de Saúde da Família e pelos Pronto Socorros. Essa primeira atenção ao paciente é dada pelas especialidades básicas da medicina: clínica médica, medicina da família, pediatria, ginecologia e obstetrícia. Se bem organizado, deve ser capaz de resolver 80% das necessidades, como vacinas, pré-natal, diabetes, hipertensão arterial, etc. O que não puder ser resolvido nesse nível é então encaminhado para o serviço de média complexidade.
  • o serviço de média complexidade representa o segundo nível dessa hierarquia. É basicamente representado pelas especialidades médicas e pelos recursos diagnósticos e terapêuticos complementares (por exemplo ultrassonografia, biópsia).
  • o terceiro nível, de alta complexidade, entra em jogo quando o caso necessita de alta tecnologia e alto custo, como por exemplo diálise (para o paciente portador de insuficiência renal crônica, por exemplo), cirurgias cardíacas, neurológicas, dentre muitos outros. Basicamente é representado pelos hospitais.

Essa lógica também funciona nos convênios médicos. Sendo assim, você não precisa se preocupar em saber medicina para poder escolher a especialidade do seu médico. Se você apresentou algum sintoma e não faz idéia de onde vem, nada melhor do que procurar um bom clínico, que deve fazer uma entrevista detalhada e um bom exame clínico para poder lhe fornecer as orientações sobre o diagnóstico, tratamento, ou até mesmo para poder lhe encaminhar ao especialista certo, quando necessário.
Essa história de ficar "pulando" de especialidade em especialidade no final das contas não dá certo... Você pode acabar sendo tratado de forma fragmentada, quero dizer, receber um medicamento para uma coisa, outro para outra e acabar por não resolver a sua queixa.
Se você for usuário do sistema público, sempre procure a Unidade Básica mais perto da sua casa. O pessoal de lá já vai te conhecer com o tempo.
Se você for usuário de algum plano de saúde, seria bom se você pudesse ter um bom clínico de confiança para que possa recorrer quando precisar.






Para saber mais sobre o sistema de saúde no Brasil: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1395
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