quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dicas para uma boa saúde dos olhos

Os olhos nos conectam visualmente ao mundo exterior. Com eles conseguimos ver o mundo. Se não forem bem cuidados, essa conexão pode falhar e nossa percepção do mundo externo nunca mais será a mesma.

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Cuidar bem dos olhos implica em fazer uma visita ao oftalmologista (médico especialista em saúde dos olhos) anualmente, ou no máximo a cada dois anos, quando tudo estiver bem. Portanto, é um engano achar que só se deve procurar esse médico quando surgir algum problema no olho. A consulta rotineira – ou de check up – com o oftalmologista pode ajudar a prevenir doenças, além de poder diagnosticá-las ainda no início, quando o tratamento ainda é mais fácil e a chance de sequelas, menor.

Doenças como hipertensão arterial e diabetes podem provocar danos à visão inicialmente silenciosos, ou seja, sem sintomas. Pessoas com qualquer uma dessas doenças devem manter acompanhamento oftalmológico regular.

Mas podemos fazer muito mais do que isso para manter boa saúde dos olhos. Pequenos hábitos podem nos ajudar mais do que imaginamos.

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Os óculos de sol não servem somente pra nos deixar mais estilosos. Eles protegem os olhos dos raios ultravioletas (UV), que lesam diversas partes do olho. As alterações podem se manifestar somente com o passar do tempo, quando for tarde demais. Engana-se quem acha que eles devem ser usados somente no verão, pois a radiação solar no Brasil é intensa durante o ano todo.

Para que os óculos possam proteger os olhos efetivamente, devem conter lentes de qualidade, com filtros UV assegurados. Portanto, comprar óculos no camelô pode ser uma boa opção para diversificar o estilo e poupar o bolso, mas é nocivo aos olhos. Esses óculos não costumam ter lentes com filtros UV (às vezes dizem que sim, mas não é confiável) e, além de não protegerem, podem agravar a situação, uma vez que a lente escura dilata a pupila, deixando a retina mais exposta à ação dos raios solares.


As lentes de contato também devem ser usadas com muita responsabilidade, sejam elas com grau ou apenas para dar um colorido extra no olhar. Elas devem sempre estar dentro do prazo de validade e nunca devem ser usadas mais tempo do que o recomendado. Devem ser diariamente limpas e acondicionadas imersas em produtos específicos para isso. Também não é bom que se durma com elas. Se essas recomendações não forem seguidas à risca, as lentes podem prejudicar muito a córnea, além de poder trazer contaminações e infecções ao olho.

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Os colírios precisam ser respeitados. Colírio é remédio e não pode ser administrado sem a recomendação de um especialista no assunto. Seu consumo indiscriminado pode causar mais problemas do que resolvê-los.


Quem usa maquiagem deve ficar atento ao prazo de validade dos produtos. Rímel e lápis podem contaminar-se facilmente e não devem ser usados por muitos meses seguidos. Podem gerar alergias, irritações ou infecções. A pintura nos olhos não deve ultrapassar o limite dos cílios, ou seja, podemos pintar nossas pálpebras com cuidado em sua parte externa, mas aquela parte úmida que fica em contato direto com os olhos deve manter-se limpa.

É preciso lembrar que os olhos precisam manter-se úmidos a todo momento. Por isso piscamos. Quando ficamos muito tempo em frente à um computador, por exemplo, tendemos a piscar menos. Se for em um ambiente com ar condicionado, que resseca o ar, pior ainda. Se você se vê nessa situação, mantenha a tela do computador um pouco abaixo da linha dos olhos (isso retém melhor a umidade do olho) e lembre-se de dar umas piscadas de vez em quando. Além disso, a manutenção do foco numa tela (de computador ou de TV) por muito tempo pode cansar os músculos oculares e gerar até dor de cabeça. Lembre-se de, vez ou outra, focar objetos mais ao longe, para exercitar os olhos.

Para evitar acidentes nos olhos durante o trabalho, serviços manuais ou até mesmo no esporte, óculos de proteção devem ser usados.

Dormir bem, ter alimentação saudável e não fumar também ajudam a manter os olhos saudáveis, além do restante do corpo.


* Esse texto é de minha autoria e foi inicialmente publicado pelo Indike, onde mantenho uma coluna mensal.

Como manter uma boa digestão

Uma boa saúde digestiva é importante pois é o processo de digestão que faz com que tudo o que ingerimos seja transformado em energia e estrutura para nossas células continuarem trabalhando e nos mantendo em atividade.

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O sistema digestório é o conjunto de órgãos que atuam para o processamento e absorção dos alimentos. Ele pode ser visto como um grande tubo que atravessa nosso corpo, começando na boca, passando pelo esôfago, estômago, intestinos e terminando no ânus. Junto à ele existem órgãos ou glândulas anexas que produzem substâncias químicas fundamentais para a digestão, como as glândulas salivares, fígado e pâncreas.

Quando ingerimos um alimento, ele começa sua jornada por este longo tubo digestivo e é submetido a diversas etapas. Em cada local que passa, vai sendo “quebrado” em partes cada vez menores, reagindo com enzimas e substâncias químicas e cada porção nutritiva extraída dele é absorvida em algum local especializado, normalmente nos intestinos.

Se o processamento e consequentemente a absorção forem ruins, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como por exemplo queda de cabelo, unhas fracas, empachamento, queimação, constipação intestinal, anemia, refluxo, obesidade.

Por isso, ao nos alimentarmos, é importante que atentemos a todas essas fases da digestão de forma que possamos colaborar com elas para que tenhamos um melhor aproveitamento dos alimentos.
Em primeiro lugar, devemos escolher bem o que comemos. Se a qualidade dos alimentos não for boa, obviamente nosso sistema digestório não terá como extrair deles os melhores nutrientes. Uma alimentação natural, composta por alimentos frescos e variados é fundamental para recebermos melhor aporte de nutrientes.

Quando nos alimentamos não podemos ter pressa. Devemos mastigar muito para auxiliar a quebra dos alimentos e facilitar a vida do nosso estômago e intestino. Se não mastigamos direito, engolimos partes maiores dos alimentos e deixamos todo o serviço para o estômago. Isso faz com que o alimento tenha que ficar mais tempo em processo, deixando a digestão lenta, aquela sensação de empachamento, favorecendo a fermentação, acúmulo de gases e refluxo. Não é bom negócio.

O alimento mau digerido produz mais acidez, o que favorece o aparecimento de doenças como gastrite e úlcera e sintomas de queimação e azia.

Também é melhor não ingerirmos líquidos durante as refeições, pois eles distendem o estômago e podem diluir as substâncias químicas que ajudam a digestão, dificultando-a. O melhor é deixarmos para tomar água ou sucos meia hora antes ou depois de comer.

Bebidas alcoólicas não são digestivas. Pelo contrário, são muito prejudiciais ao sistema digestório. Elas modificam a acidez do estômago e deixam a digestão mais lenta. Isso favorece refluxo gastro-esfofágico e irritação da parede do estômago e esôfago. Além disso, o álcool é integralmente metabolizado pelo fígado, glândula anexa da digestão, que passa a ficar ocupada com ele e pode prejudicar o metabolismo de outros nutrientes mais importantes. No fígado o álcool é transformado em gás carbônico, gordura e água, uma mistura não muito nutritiva.

Também devemos evitar o falatório enquanto comemos. Quanto mais falamos, mais ar engolimos, distendendo o estômago.

Fracionar as refeições – comendo menos, mais vezes ao dia – pode ajudar nosso processo digestivo a trabalhar sem estresse.

Nunca deite logo após comer algo. A lei da gravidade ajuda os alimentos a caminharem tubo digestivo abaixo. Se deitamos após uma refeição, esse alimento pode tender a refluir, gerando azia e queimação no esôfago, podendo levar à doença do refluxo e esofagite. Espere pelo menos 2 horas para deitar-se.

Quando o intestino dá sinais de querer funcionar, não devemos deixá-lo esperar. Isso evita o endurecimento das fezes e a constipação.

Em resumo, uma boa saúde digestiva não depende de milagres, mas sim de bons hábitos. E estes cabem somente à nós. Então, escolha bem seus alimentos, faça das refeições um momento sagrado, coma com calma, mastigue bem, tome bastante líquido durante o dia, atenda ao seu intestino. Observe seu corpo. Ele pode dar sinais acerca de alimentos ou hábitos que não estão te favorecendo.


*Esse texto é de minha autoria e foi publicado inicialmente pelo Indike, onde tenho uma coluna mensal.
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