segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Importância da amamentação

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O leite materno é a mais importante fonte de nutrientes para o bebê. Mas é importante que se saiba que ele traz muito mais benefícios do que se imagina – e não somente para o bebê, mas também para a mãe, para a relação entre ambos e até mesmo para as contas da família.

O leite materno é de graça. Sua produção é estimulada já durante a gravidez através de reações hormonais que acontecem na mãe. A partir dos primeiros 3 dias após o parto, sua produção é estimulada pela sucção do bebê e esvaziamento da mama.

É recomendado que, sempre que possível, o bebê seja mantido em aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade. Aleitamento exclusivo significa mamar somente no peito, em livre demanda. Nesses casos não é preciso acrescentar à dieta do bebê alimentos extras como chás, sucos, papas ou até mesmo água. Isso porque o leite materno contém água e todas as substâncias necessárias para seu bom desenvolvimento nessa fase. Se introduzimos outros alimentos ou bebidas (mesmo água) antes dos 6 meses, a absorção do leite da mãe não será mais a mesma e o bebê pode até mesmo sofrer carência de líquido ou algum nutriente. Um bebê em aleitamento exclusivo mama, em geral, de 8 a 12 vezes por dia.

Não existe leite fraco. Muitas mulheres se assustam com o primeiro leite que sai do peito, pois ele parece mais uma água esbranquiçada do que propriamente leite. Mas isso é normal. É preciso que se entenda que o leite materno tem 3 fases e cada uma delas é importantíssima para o bebê.

Nos primeiros dias o leite materno é chamado de colostro, que aparenta ser „mais ralo“ que o leite que conhecemos. Na verdade ele tem essa aparência porque contém menos gordura e mais proteínas, um balanço necessário para o recém nascido. Dentre essas proteínas há muitos anticorpos, que vão ajudar a formar o sistema de defesa do bebê, para que ele enfrente o mundo. É quase uma vacina natural (mas que não isenta o bebê de ser vacinado conforme o plano nacional!).

A segunda fase contém um leite de transição, em que gradualmente vai sendo diminuída a quantidade de proteína e aumentando a de gordura. O leite vai ficando com aparência mais encorpada. O leite maduro aparece mais ou menos após o 25o dia.

Além disso, durante a mamada o leite passa também por fases, com aspecto e composição diferentes: no início da mamada é sempre mais aguado e ajuda a saciar a sede do bebê; ao final da mamada, quando a mama vai se esvaziando, o leite é mais encorpado, contém mais gordura, calorias e nutrientes. Esse leite do esvaziamento da mama ajuda a saciar o bebê.

Dessa forma, é importante que em cada mamada a mama seja esvaziada. Somente assim o bebê se beneficiará por completo do aleitamento materno. O esvaziamento da mama ainda estimula a reposição de novo leite, para uma próxima mamada. Se, por qualquer motivo a mama não for esvaziada, o bebê recebe menos calorias, sente fome em intervalos mais curtos e ainda a produção de novo leite não é estimulada. Isso acontece com muitas mães que acabam achando que tem pouco leite e acabam por introduzir complementos antes do tempo necessário.

Para que o bebê mame bem, ele deve abocanhar não somente o mamilo, mas também parte da aréola da mãe. A boa pega permite adequada sucção do leite, estimula os reflexos de deglutição do bebê e estimular nova produção de leite.

Após os 6 meses novos alimentos são incluídos na dieta do bebê conforme orientação do pediatra. Ainda assim, é indicado que se mantenha o aleitamento materno complementar até os 2 anos de vida sempre que possível.

Amamentar contribui para a recuperação do útero da mãe além de ajudá-la aperder peso no pós parto. Também estimula o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.


Este texto foi inicialmente publicado em minha coluna mensal no Indike.

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