quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Como manter uma boa digestão

Uma boa saúde digestiva é importante pois é o processo de digestão que faz com que tudo o que ingerimos seja transformado em energia e estrutura para nossas células continuarem trabalhando e nos mantendo em atividade.

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O sistema digestório é o conjunto de órgãos que atuam para o processamento e absorção dos alimentos. Ele pode ser visto como um grande tubo que atravessa nosso corpo, começando na boca, passando pelo esôfago, estômago, intestinos e terminando no ânus. Junto à ele existem órgãos ou glândulas anexas que produzem substâncias químicas fundamentais para a digestão, como as glândulas salivares, fígado e pâncreas.

Quando ingerimos um alimento, ele começa sua jornada por este longo tubo digestivo e é submetido a diversas etapas. Em cada local que passa, vai sendo “quebrado” em partes cada vez menores, reagindo com enzimas e substâncias químicas e cada porção nutritiva extraída dele é absorvida em algum local especializado, normalmente nos intestinos.

Se o processamento e consequentemente a absorção forem ruins, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como por exemplo queda de cabelo, unhas fracas, empachamento, queimação, constipação intestinal, anemia, refluxo, obesidade.

Por isso, ao nos alimentarmos, é importante que atentemos a todas essas fases da digestão de forma que possamos colaborar com elas para que tenhamos um melhor aproveitamento dos alimentos.
Em primeiro lugar, devemos escolher bem o que comemos. Se a qualidade dos alimentos não for boa, obviamente nosso sistema digestório não terá como extrair deles os melhores nutrientes. Uma alimentação natural, composta por alimentos frescos e variados é fundamental para recebermos melhor aporte de nutrientes.

Quando nos alimentamos não podemos ter pressa. Devemos mastigar muito para auxiliar a quebra dos alimentos e facilitar a vida do nosso estômago e intestino. Se não mastigamos direito, engolimos partes maiores dos alimentos e deixamos todo o serviço para o estômago. Isso faz com que o alimento tenha que ficar mais tempo em processo, deixando a digestão lenta, aquela sensação de empachamento, favorecendo a fermentação, acúmulo de gases e refluxo. Não é bom negócio.

O alimento mau digerido produz mais acidez, o que favorece o aparecimento de doenças como gastrite e úlcera e sintomas de queimação e azia.

Também é melhor não ingerirmos líquidos durante as refeições, pois eles distendem o estômago e podem diluir as substâncias químicas que ajudam a digestão, dificultando-a. O melhor é deixarmos para tomar água ou sucos meia hora antes ou depois de comer.

Bebidas alcoólicas não são digestivas. Pelo contrário, são muito prejudiciais ao sistema digestório. Elas modificam a acidez do estômago e deixam a digestão mais lenta. Isso favorece refluxo gastro-esfofágico e irritação da parede do estômago e esôfago. Além disso, o álcool é integralmente metabolizado pelo fígado, glândula anexa da digestão, que passa a ficar ocupada com ele e pode prejudicar o metabolismo de outros nutrientes mais importantes. No fígado o álcool é transformado em gás carbônico, gordura e água, uma mistura não muito nutritiva.

Também devemos evitar o falatório enquanto comemos. Quanto mais falamos, mais ar engolimos, distendendo o estômago.

Fracionar as refeições – comendo menos, mais vezes ao dia – pode ajudar nosso processo digestivo a trabalhar sem estresse.

Nunca deite logo após comer algo. A lei da gravidade ajuda os alimentos a caminharem tubo digestivo abaixo. Se deitamos após uma refeição, esse alimento pode tender a refluir, gerando azia e queimação no esôfago, podendo levar à doença do refluxo e esofagite. Espere pelo menos 2 horas para deitar-se.

Quando o intestino dá sinais de querer funcionar, não devemos deixá-lo esperar. Isso evita o endurecimento das fezes e a constipação.

Em resumo, uma boa saúde digestiva não depende de milagres, mas sim de bons hábitos. E estes cabem somente à nós. Então, escolha bem seus alimentos, faça das refeições um momento sagrado, coma com calma, mastigue bem, tome bastante líquido durante o dia, atenda ao seu intestino. Observe seu corpo. Ele pode dar sinais acerca de alimentos ou hábitos que não estão te favorecendo.


*Esse texto é de minha autoria e foi publicado inicialmente pelo Indike, onde tenho uma coluna mensal.

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